nós entre Nós

Entre nós pode ser uma longa ou curta distância que já não importa mais porque entre nós há tantos nós.
Os mesmos que fizemos nas primeiras tentativas de dar um laço no cadarço do tênis.
Nós que não desatamos mesmo depois de um longo tempo de convivência.
E, será que queremos desatá-los? Pois os mesmos nós que às vezes nos distancia, são os mesmos que nos aproxima.
Entre nós há encontros, despedidas, sorrisos, lágrimas, confiança, desconfiança, ciúme, inveja, silêncio, discussões e tantas outras coisas que já não consigo lembrar.
Nós possuem vários significados: unidade de medida correspondente a uma milha náutica, os das gravatas e a primeira pessoa do plural em português!
Nós viajamos, navegamos em mares desconhecidos, sentimos uma secura que vai da boca à garganta até que o som das palavras não saem, enrolamos, tentamos desenrolar e enrolamos nossa vida mais ainda e, finalmente, felizes ou infelizes somamos sem que perceber.
Somamos??? Nós???
E porque tanta destruição, tanta autodestruição.
Porque preciso me sentir EU com tanta gente do meu lado? Só, SÓ EU, UMA SÓ PESSOA?
Se estou só, quero alguém, se tenho alguém, quero estar só.
E assim caminha a humanidade.
Caminha? A humanidade caminha? Pra onde? Com quem? A favor de quem?
Entre nós se formaram tantos nós que não nos desatamos mais, só atamos!
E esses nós atados, dependendo do ponto de vista só se parecem com uma linha lisa, reta e contínua. E se distanciarmos mais ainda, nos perguntamos: "Onde está a linha?"
Meu universo só passa a existir, quando eu existo. E o universo, só existe pra mim porque eu existo até que eu exista. E ele acaba quando nada deixo a ele, quando nada de mim se estabelece nele, seja em amor, filhos, produções científicas, artísticas. Enfim, eu me deixo quando meu universo já não cabe mais em mim e em ninguém!

Quando o silêncio soaria mais alto!

Volto das férias com minhas garras polidas para atacar um fato inacreditável, para o século XXI, ocorrido na São Paulo Fashion Week da semana passada. A nossa übermodel declarou em uma entrevista que é contra o uso de protetor solar e que o considera veneno para a pele!!! E na tentativa de amenizar o impacto negativo causado, remendou dizendo que é ciente dos efeitos dos raios solares na pele e que então, ela não se expõe a eles no período crítico das 10:00hs às 16:00hs!!! Só esqueceu de esclarecer se ela se referia ao horário de verão ou não! Não convencida por si mesma, arrematou sua posição ao justificar que não utiliza nada de sintético no seu corpo!!!
Helloooooooooooooooo!!! A übermodel é garota propaganda de um filtro solar de uma marca alemã mundialmente conhecida, de uma sandália (SINTÉTICA) e de lingeries! Ohhhhhhhh todos são sintéticos! Aliás, ela é sintética, afinal o airbag não é original!
Depois de tudo isso, quem sente vergonha de ser brasileira sou eu! Queria me enterrar como uma avestruz, pois a maioria dos brasileiros é convencida de vangloriar um ser desses enquanto o restante do mundo detona tais exemplares humanos. Confira no New York Post o impacto dessa e outras declarações da estrela cadente - cadente porque não é de fato uma estrela, mas um meteoro em uma derradeira queda!
Ao menos, me convenço a cada dia que algumas posições sociais não existem inutilmente. Afinal, de acordo com o nosso querido dicionário, modelo é aquele que disponibiliza sua imagem e não suas idéias. Até porque se a sociedade dependesse das idéias de um modelo, o mundo viveria numa constante estática, nem progresso e nem regresso! Pois, se a infeliz é übermodel, imagine aquelas que só ficam no model!!!
O silêncio ainda vale muito mais...
http://www.nypost.com/f/print/entertainment/fashion/fashion_week/shut_up_gisele_NIr8cTUSHgLEWileijLzGN

A linha e os pontos...

Linha é a conexão entre vários pontos.

Desde criança aprendemos a ligar os pontos em atividades escolares ou em revistas de crianças e percebemos que quando conectados, representarão uma figura que terá sentido no final.

Nesses dias de muita correria, finalização, reinício, mudança, adaptação e continuação, fiz várias reflexões e cheguei a mais uma metáfora: a da costura. Pois, para costurar e confeccionar uma roupa é necessário um projeto inicialmente, mas para colocá-lo em prática precisamos de linha e com essa linha vários pontos são feitos e o resultado mais uma vez é percebido no final. O PONTO FINAL.

A vida é a linha que é constituída de momentos de partida, despedidas e encontros. Para toda despedida há um encontro e para toda partida há um início.

E o final? Quando perceberemos o resultado de todas essas despedidas, finais, partidas, inícios, reinícios, encontros e reencontros?

Ainda não sei, cheguei a um final somente. O FINAL ainda parece estar distante, pois agora é o mais um INÍCIO e REINÍCIO!