11/07/2010

Ser ou não Ser? Ser sempre!

"Ser ou não Ser, eis a questão?", assim filosofou Othelo. Reflexão pertinente e essencial em algum momento de nossas vidas! Porém, fácil de responder!
Raul Seixas respodeu e eu complemento: Eu fui, eu sou e sempre serei!
Independente de saber ou não quem somos, sempre somos.
O que mais me incomoda é o fato das pessoas não saberem que são e diante disso não conseguem perceber o mundo ao seu redor e nem o mundo que reside em si!
E não saber o que é, pra quem é, de quem é e para que é, impede qualquer ser humano de se posicionar diante das situações cotidianas e de tomar suas decisões.
É a partir de auto-definição do ser humano que determinamos nossos objetivos e os princípios que nos permitirão alcançá-los. No entanto, a auto-definição é mutável por presenciarmos constantes transformações e por sermos alvos das mesmas.
A ausência de uma reflexão sobre si mesmo impede o ser humano de ser sempre, de ser lembrado ou reconhecido por alguém no mundo. Sem a reflexão de si, o ser humano só pode ter sido e é, jamais poderá ser "o será" porque uma vez que não determinou seus objetivos de vida não consegue imprimir suas ações perante a humanidade.
Eu sempre serei e só serei porque de alguma forma deixo no mundo meus registros e isso faz com que em algum momento eu seja lembrada por alguém, mesmo depois de minha maior transformação: A MORTE!
Mesmo depois da morte continuo sendo: um grão de areia, uma molécula de água, um átomo de oxigênio e mais tantas outras coisas que por enquanto fazem parte do infinito que reside em mim.
Mas a questão é: Pra quem sempre serei, pra quem fui,  pra quem sou?
Sou pra quem me permite ser quem sou. Fui pra quem me deu oportunidade de ser quem pude ser e por quem sou ou deixei de ser. Só serei porque deixo os registros de minhas ações e tais registros só são considerados e lembrados pra quem as considerem importantes.
O que é importante e para quem é importante?
Isso demanda muita reflexão, sabedoria e muita consciência do ser que somos.
Pensar dói. E pra quem evita essa dor, se recusa a estar no futuro e apenas se contenta em ter sido ou ser agora. Dessa forma, a pessoa já está morta, só ocupa espaço, só polui, só degrada porque já se degradou e se sente no direito de degradar o restante do mundo!